Osso pré-histórico sugere canibalismo primitivo há 1,45 milhão de anos. Quer saber mais? Continue lendo e descubra mais no post de hoje.
Com certeza você já deve ter escutado falar alguma vez sobre canibalismo, no entanto esta prática talvez seja muito mais antiga do que imaginamos.
Em junho deste ano, a revista Scientific Reports publicou um novo estudo sobre este tema. De acordo com o estudo, foi feita uma revelação para lá de surpreendente. Um osso pré-histórico sugere canibalismo, sendo que o mesmo tem 1,45 milhão de anos.
O osso se trata de uma tíbia fossilizada encontrada em Turkana, no Quênia, no ano de 1970. O tal osso tinha sido esquecido e passou para novas mãos após quase 50 anos. Este fóssil foi analisado detalhadamente pelos investigadores do Museu Nacional de História Natural da Instituição Smithsoniana, nos Estados Unidos. O mais surpreendente foi terem achado marcas de cortes que evidenciam claramente que humanos comiam uns aos outros.
Isto ficou evidente diante das nove marcas orientadas na mesma direção na canela esquerda de um parente desconhecido do Homo Sapiens. Certamente isto pode indicar uma metodologia usada para remover carne.
Logo, estas marcas foram comparadas com outras do banco de dados que contém mais de 900 ossos registrados. Este banco de dados é usado constantemente como referência nas mais diferentes investigações. Com base nos dados, o estudo encontrou correspondência entre os danos causados por cortes feitos utilizando ferramentas de pedras em nove delas. Já em outras duas havia mordidas possivelmente de um grande felino.
O osso pré-histórico pertencente a qual espécie de hominídeo
Este famoso osso inicialmente tinha sido identificado como um Australopithecus boisei. Logo, em 1990, chegaram a conclusão que se tratava de fato de um Homo erectus. Já na atualidade, especialistas indicam que com as informações coletadas não há como afirmar de qual espécie de hominídeo ele pertence. Da mesma forma, as ferramentas utilizadas não restringem quais foram as espécies que poderiam ter efetuado o corte.
Dúvidas
Mesmo que o osso pré-histórico sugere canibalismo, somente isto não é suficiente para comprovar dita prática há mais de 1,45 milhão de anos. Pode-se até mesmo afirmar que, talvez, quem arrancou a carne não a tenha usado para se alimentar.
No entanto, o canibalismo é bastante provável em dita situação para a paleoantropóloga Briana Pobiner. A especialista comentou: “Essas marcas de corte se parecem muito com o que vi em fósseis de animais que estavam sendo processados para consumo”.
Briana foi a coautora do estudo e explicou que a espécie que foi capaz de manipular a pedra como ferramenta, certamente usou a carne do hominídeo somente para se alimentar.
A especialista também não descarta a possibilidade da vítima ter sido atacada anteriormente por um felino. Caso isto tenha ocorrido, talvez o hominídeo canibal tenha encontrado os restos mortais e usado estes para saciar sua fome.
Prática comum?
Mesmo na atualidade, o tema do canibalismo ainda é considerado um tabu. No entanto, no passado pode ter sido mais comum do que pensamos. A antropóloga Silvia Bello, do Museu da História Natural de Londres, afirma que estas marcas encontradas nesse osso nem sempre são visíveis. A especialista ainda acredita que este tipo de prática alimentar não apenas se tratava de uma refeição, podendo ser até mesmo algum ritual funerário.
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