Entenda o que é hipertensão gestacional e como pressão alta na gravidez pode afetar a saúde da gestante.
Durante a gestação a mulher sofre diversas mudanças no corpo, o que indica que o mesmo está se preparando para a chegada do bebê. E até mesmo neste período, a gestante pode ficar propensa a sofrer de hipertensão arterial. Caso isto ocorra deve ser tratado adequadamente para não evoluir para a pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.
Este tipo de patologia acontece quando a pressão na gravidez fica elevada, e a vida da mãe e do bebê que está se desenvolvendo podem correr risco.
Mesmo que os dados estatisticamente falando não sejam tão altos, este é um problema que deve ser tratado com muita seriedade. A pressão alta na gravidez pode causar descolamento precoce da placenta, como também pode prejudicar o crescimento do bebê pela insuficiência placentária.
Além de aumentar a chance de acontecer um nascimento prematuro, e em casos mais graves, pode acontecer asfixia do bebê dentro do útero por não ter a oxigenação adequada, podendo vir a óbito.
No caso da grávida, se a hipertensão for mais grave pode levar a hemorragia cerebral, ruptura do fígado, convulsões, insuficiência renal aguda, e óbito.
Fatores de risco
Em muitos casos os sintomas podem ser silenciosos como é o caso da pressão arterial aumentar, porém há alguns fatores que podem aumentar o risco da gestante desenvolver pré-eclâmpsia:
- Primeira paternidade;
- Primeira gestação;
- Gravidez antes dos 20 anos;
- Gestação gemelar (acontece quando a mãe terá gêmeos);
- Gestação prévia com pré-eclâmpsia ou eclâmpsia;
- Gravidez de risco acima dos 40 anos;
- Hipertensão arterial crônica;
- Histórico de pré-eclâmpsia na família;
- Diabetes tipo 2;
- Doença renal;
- Síndrome dos anticorpos antifosfolípides;
- Distúrbios trombofílicos congênitos;
- Hidropsia fetal;
- Anemia falciforme;
- Mola hidatiforme.
A melhor maneira de prevenir qualquer complicação é tendo um acompanhamento médico adequado durante todo o pré-natal. Somente o obstetra pode investigar se sua pressão arterial está alterada e se pode haver riscos de ter pré-eclâmpsia.
Os diferentes tipos de hipertensão na gestante
Hipertensão crônica pré-existente
Neste caso, a pressão na gravidez costuma ficar acima de 140 x 90 mmHg desde antes da gestação. Sendo assim, a grávida já era hipertensa e isto se mantém durante a gestação. Também é considerado pré-existente a pressão alta na gravidez antes da 20ª semana.
Pré-eclâmpsia
Se caracteriza quando a hipertensão aparece depois da 20ª semana de gestação, e se associa à perda de proteínas pela urina. Caso haja problemas nos rins, fígado e sistema nervoso central também pode acontecer. Como também, pode ser consequência da queda dos níveis de plaquetas no sangue.
Pré-eclâmpsia superposta à hipertensão crônica
Aparece quando a pré-eclâmpsia afeta mulheres que já padeciam de hipertensão antes de ficar grávidas.
Hipertensão gestacional
Este tipo de doença aparece depois da 20ª semana de gravidez, sem apresentar perda de proteína na urina ou outro indício que indique pré-eclâmpsia. Neste caso, mesmo a gestante estando em repouso, a pressão na gravidez é maior que 14 x 9. Para se ter confirmação do diagnóstico é necessário aferir a pressão em duas ocasiões diferentes, com intervalos de 6 horas.
Sempre nas consultas pré-natais, o médico afere a pressão arterial. Caso esta esteja alterada, ele indica exames mais profundos para identificar o motivo.
Especialistas indicam que a pressão na gravidez deve se manter nos níveis normais até o culminar a gravidez. Como também, após o parto, a pressão ainda deve ser monitorada por mais 12 semanas. Caso a mulher apresente pressão alta neste período, pode ter desenvolvido hipertensão crônica, o que irá requerer acompanhamento médico.
Sintomas de pressão alta durante a gestação
Durante toda a gestação é importante que a mulher mantenha um pré-natal adequado e realize os exames indicados pelo médico. Quando a gestante está com a pressão alta, os sintomas mais comuns são: dor na nuca ou cabeça, inchaço em braços e pernas devido a retenção de líquidos, visão embaçada e sensibilidade à luz. Pode acontecer dos sintomas serem muitos fracos e passarem despercebidos.
Pressão arterial 13 x 8 na gestação é normal?
Geralmente, a pressão tende a diminuir no primeiro trimestre, logo sobe um pouco no segundo, para no terceiro trimestre se normalizar. Porém, é considerada pré-eclâmpsia quando a pressão está superior a 140 x 90 mmHg. Como também, se a pressão normal da mulher é de 10 x 7, pode ser considerada hipertensa se a pressão chega a 13 x 8,5 por exemplo.
Riscos da pressão alta na gravidez
Os riscos podem aparecer caso a pressão arterial durante a gestação não seja controlada através de medicamento ou quando a grávida apresenta sintomas de pré-eclâmpsia.
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